segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Desencanto



Eu faço versos como quem chora

De desalento...

de desencanto...

Fecha o meu livro, se por agora

Não tens motivo nenhum de pranto.

Meu verso é sangue.

Volúpia ardente...

Tristeza esparsa...

remorso vão...

Dói-me nas veias.

Amargo e quente,Cai, gota a gota, do coração.

E nestes versos de angústia rouca

Assim dos lábios a vida corre,

Deixando um acre sabor na boca.


- Eu faço versos como quem morre.


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