sábado, 2 de junho de 2012

** Ferrugens ** 
 

E talvez sejam necessários todos os espaços
Brancos e vazios que preenchem a alma.
Explicar não se faz urgente,
Onde a linha do horizonte se perde no silêncio e na calma.

Distinguir-se e não se arrepender.
Tão pouco das dores que corroem o ser
Como ferrugem, dádiva do tempo,
Oxidam ferro, marcas que deterioram o coração
Pouco a pouco, mas faz-se perceber.
A solução talvez seja adormecer,
E nos sonhos encontrar o que não mais se pode ver.

Alegro-me ao olhar as minhas ferrugens
Os espaços vazios que asseiam atenção,
Talvez de um tempo, algo que passou para não mais voltar,
Ou quem sabe a vida me ensina a esperar.

Alegro-me ao ver minhas ferrugens
Alegro-me só de poder vê-las
Todas são recordações
Fotografias mudas, imagens
E marcas profundas, a minha lição.
 
(Dinely Borges - Blog Os Reflexos da Alma)

3 comentários:

  1. sinto...

    mas ultimamente...

    com muita freuqencia...

    tem se referido ao passado...

    mas o que passa...

    não volta....

    lembrancças???

    só aquelas que devem valer a pena...

    um ser humano tem passado...

    mas tem presente...

    e futuro tambem...

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  2. Culpada !

    O passado continua dentro de mim ...

    não sei como mantê-lo onde ele deveria ficar ... no passado.

    Mas tenho fé de conseguir ... um dia ... viver o presente

    E quem sabe até o futuro.

    Obrigada pela visita "Anônimo"

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  3. deixar o passado apenas nas boas lembrancas...

    viver o presente...

    um dia de cada vez...

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